domingo, 21 de setembro de 2008

A Próxima Internet?


Muitas pessoas se assustam quando ouvem falar em Internet2. Principalmente aquelas que não tiveram tempo de digerir nem a primeira. Mas ela é realidade. Está aí, nas Universidades e Institutos de Pesquisa e está fazendo o mesmo caminho que a Internet tradicional fez até chegar aos micros de 50 milhões de brasileiros.

A tecnologia atualmente empregada na transmissão de dados via Internet não prima pela eficiência. Ela é baseada em best effort (melhor esforço), para que os dados que você envie de seu computador cheguem a outro e vice-versa. Acontece que o "melhor esforço" não é suficiente quando você utiliza a rede para transmissão de mídias mais sofisticadas do que caracteres e texto. Há ainda diversos “gargalos” que provocam congestionamentos nas antigas linhas telefônicas, que são compartilhadas com o uso da Internet.

A Internet2 é uma iniciativa norte-americana, voltada para o desenvolvimento de tecnologias e aplicações avançadas de redes Internet para a comunidade acadêmica e de pesquisa. A iniciativa envolve 150 universidades norte-americanas, além de agências do governo e indústria e visa o desenvolvimento de novas aplicações como tele-medicina, bibliotecas digitais, laboratórios virtuais, dentre outras que não são viáveis com a tecnologia da Internet atual.

O Brasil, através do MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia e da RNP – Rede Nacional de Pesquisa, vem acompanhando de perto os desenvolvimentos da Internet2. A participação formal do Brasil e de suas instituições de ensino superior e centros de pesquisa foi também incluída no acordo de cooperação em tecnologias para a educação, assinado em outubro de 1997, por ocasião da visita do presidente Clinton ao Brasil. Deste modo, o Brasil vai se preparando para integrar-se ao projeto Internet2, na medida em que apresente todas as condições técnicas necessárias para a sua participação.

Em muitas capitais brasileiras estão funcionando as ReMAVs – Redes Metropolitanas de Alta Velocidade – que interligam as principais Universidades e centros de pesquisa daquelas cidades a altas velocidades de comunicação, através de fibras óticas. Algumas ReMAVs já realizaram testes de grande expressão como uma cirurgia realizada a distância em São Paulo.

A tendência é que, no futuro, a Internet e a Internet2 se intercomuniquem, mas ainda não há data prevista. Por enquanto estão sendo feitos testes e pesquisas sobre como otimizar sua infraestrutura e quais aplicações vão se beneficiar mais da nova rede.

Eu, por exemplo, pesquiso as aplicações de Educação a Distância sobre esta nova plataforma. A pergunta a ser respondida é: como a educação, principalmente a educação a distância, pode se beneficiar dos recursos que estarão amplamente disponíveis dentro de poucos anos?

Algumas vantagens são bem óbvias: multimídia em tempo real, aplicações de realidade virtual, conectando pessoas distantes geograficamente e permitindo a tele-presença; ou seja, você estar lá sem realmente estar. Outra vantagem é a realização de videoconferências a um custo baixíssimo e com qualidade impecável.

Em dezembro de 2000 defendi minha dissertação de Mestrado no curso de Engenharia de Produção – Ênfase em Mídia e Conhecimento – pela Universidade Federal de Santa Catarina, versando sobre este tema e como eu, há milhares de pesquisadores ansiosos para que a Internet2 chegue logo aos lares, empresas e escolas brasileiras, expandindo suas fronteiras e dando-lhes oportunidades cada vez maiores de comunicação, interação e integração com o rico universo de informações que as novas tecnologias nos permitem.

domingo, 14 de setembro de 2008

Existe "Blog Corporativo"?


Muitas pessoas gostariam de ter o seu próprio Website para poder expor a si próprio ou a algum assunto do seu interesse, mas as ferramentas para criar e publicar sites ainda são um pouco assustadoras para a maioria dos usuários iniciantes.


O Blog é uma maneira fácil de publicar suas idéias na Web, sem necessitar qualquer conhecimento de softwares específicos. Basta usar o seu browser (navegador) e se cadastrar gratuitamente em um servidor de blogs. Mais ainda: você pode blogar sem usar um computador convencional, como o desktop ou um notebook, mas simplesmente usando seu telefone celular ou seu PDA (Personal Digital Assistant), seu smartphone e, quem sabe um dia, você vai poder fazer um post no seu blog através do pensamento.

Os Blogs são, de certa forma, um retorno às origens da Web. Houve uma época em que as empresas ainda não tinham descoberto o potencial da Web para o comércio e a publicidade e você encontrava apenas pessoas querendo se comunicar e se encontrar.


Você pode pensar que o Blog é simplesmente a transposição de um diário para a Web. Em certo ponto você tem razão. Grande parte dos Blogs é composta de diários pessoais. Mas por que então eu me interessaria por ler o diário de outra pessoa? Pelo mesmo motivo que você lê romances, biografias, assiste a filmes, peças, novelas, reality shows, etc.


Blogar transformou-se em uma forma de expressão e exibicionismo. Também é uma forma de democratizar a palavra. Todos podem se expressar sobre o que quiserem, como quiserem e quando quiserem. Se alguém quer ler o que você escreve, legal. Senão, você pelo menos tentou.


Todos aqueles poetas, romancistas, fotógrafos, jornalistas que não conseguiam um canal para se expressarem, agora se apóiam nos blogs para publicarem sua produção. Assim como em toda a Web, nos blogs também há muito lixo e muito material excelente. Basta saber garimpar as verdadeiras pepitas de ouro e não se importar com o cascalho que vem de bônus.


E os blogs corporativos? A rigor eles não existem, pois está no DNA do blog a natureza pessoal. Se alguma empresa paga alguém para publicar um blog, o resultado disso já deixou de ser um blog e passou a ser um site ou uma peça de propaganda. Blogs são pessoais e podem até ter objetivos comerciais, mas não vamos misturar alhos com bugalhos: blog é blog, site é site.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Brasil Campeão!


Equipes brasileiras invariavelmente têm êxito em suas participações em competições internacionais de programação, lógica matemática e robótica. Desta vez, brasileiros fizeram bonito na Imagine Cup, que teve sua final de 2008 realizada em Paris.

A copa é promovida pela Microsoft e visa descobrir e incentivar talentos juvenis na área de computação. Foram 200 mil participantes neste ano e só do Brasil se inscreveram 63 mil estudantes.

Uma das grandes vencedoras foi a equipe Mother Gaia na categoria Desenvolvimento de Jogos. Outra equipe do Brasil ganhou o prêmio de projeto de Interoperabilidade.
O jogo desenvolvido pela equipe Gaia chama-se City Rain e permite aos jogadores construam sua própria cidade, respeitando a questão ambiental, ou ainda assumam a administração de cidades com problemas ambientais. Receberam prêmio no valor de US$ 25 mil.

A outra equipe brasileira, chamada Ecologix, foi premiada em Projeto de Interoperabilidade, por promover o uso de softwares para conectar pessoas, dados ou sistemas para atender às necessidades reais dos cidadãos.

A Ecologix também concorreu em Projeto de Software, categoria mais disputada da competição. Depois de vencer a etapa brasileira, a equipe ficou em quarto lugar na grande final, recebendo US$ 10 mil.

Ótimo sinal de que, além de país do futebol, o Brasil também tem talentos na área de computação e muito o que mostrar e contribuir, abrindo as portas das grandes corporações mundiais aos profissionais de TI formados no País.

A próxima edição da copa será no Egito e as inscrições já estão abertas no site imaginecup.com

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ajude a sustentar a Wikipédia e outros projetos, sem colocar a mão no bolso, e concorra a um Eee PC!

Já parou para pensar em quantos serviços gratuitos você utiliza todos os dias através da Web?Pois é... quase tudo o que tem de legal na Web é de graça. Ainda bem! Mas como? Quem paga a conta?

Muitos serviços são custeados por publicidade, outros são mantidos por grandes corporações, mas há aqueles que dependem de doações voluntárias de seus usuários. Muitos de nós não sabemos e outros não querem mesmo saber, desde que os serviços sejam livres e gratuitos.

Se você quiser incentivar o crescimento de oferta de serviços bons e gratuitos na Web, comece a pensar em contribuir para que eles sejam sustentáveis.

O blog HelioNews participa de uma campanha para divulgar essas informações e incentivar as doações e você pode participar, concorrer a um subnotebook ASUS Eee PC e também a pen drives, card drives, camisetas geeks, livros e mais! O BR-Linux e o Efetividade lançaram uma campanha para ajudar a Wikimedia Foundation e outros mantenedores de projetos que usamos no dia-a-dia on-line. Se você puder doar diretamente, ou contribuir de outra forma, são sempre melhores opções. Mas se não puder, veja as regras da promoção e participe - quanto mais divulgação, maior será a doação do BR-Linux e do Efetividade, e você ainda concorre a diversos brindes!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A Fofoca Eletrônica, na Velocidade dos Blogs



Você sabe o que é um Blog? É a maneira mais divertida de se expressar através da Web. Blogar pode ser sinônimo de se comunicar, se expressar... viver on-line.

Muitas pessoas gostariam de ter o seu próprio Website para poder expor a si próprio ou a algum assunto do seu interesse, ou simplesmente fofocar, mas as ferramentas para criar e publicar sites ainda são um pouco assustadoras para os usuários iniciantes.

O Blog é uma maneira fácil de publicar suas idéias na Web, sem necessitar qualquer conhecimento de softwares específicos. Basta usar o seu browser (navegador) e se cadastrar gratuitamente em um servidor de blogs.

Os Blogs são, de certa forma, um retorno às origens da Web. Houve uma época em que as empresas ainda não tinham descoberto o potencial da Web para o comércio e a publicidade e você encontrava apenas pessoas querendo se comunicar e se encontrar.

Você pode pensar que o Blog é simplesmente a transposição de um diário para a Web. Em certo ponto você tem razão. Grande parte dos Blogs é composta de diários pessoais. Mas por que então eu me interessaria por ler o diário de outra pessoa? Pelo mesmo motivo que você lê romances, biografias, assiste a filmes, peças, novelas, reality shows, etc.

Blogar transformou-se em uma forma de expressão e exibicionismo. Também é uma forma de democratizar a palavra. Todos podem se expressar sobre o que quiserem, como quiserem e quando quiserem. Se alguém quer ler o que você escreve, legal. Senão, você pelo menos tentou.

Todos aqueles poetas, romancistas, fotógrafos, jornalistas que não conseguiam um canal para se expressarem, agora se apóiam nos blogs para publicarem sua produção. Assim como em toda a Web, nos blogs também há muito lixo e muito material excelente. Basta saber garimpar as verdadeiras pepitas de ouro e não se importar com o cascalho que vem de bônus.

Empresas estão fazendo uso de blogs corporativos, tomando emprestada a credibilidade que os blogs têm atualmente, para divulgar suas marcas, produtos ou serviços.

A grande sacada é que tanto elas (grandes corporações) quanto você (apenas um indivíduo) podem compartilhar o mesmo espaço, contando com os mesmos recursos. Portanto, aproveite. Basta ter criatividade e alguma coisa para contar.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Bill Gates: Mocinho ou Bandido?


Há pessoas que pensam que Bill Gates é o inventor do computador. Outros pensam que ele é o “dono” da Internet. Na verdade, ele não é nenhuma dessas duas coisas, mas é o criador da idéia de que o software é um produto e que se você quiser usa-lo, vai ter que pagar por isso.

Para quem vive de vender software, Gates é um herói, pois o “mercado” de software para microcomputadores só passou a existir como coisa séria depois de seu empenho em coibir a pirataria. Este empenho pode ser constatado em um documento que ele escreveu em 1976, denominado: “Open Letter to Hobbyists” (Carta Aberta aos Hobbistas). Neste documento Gates critica o hábito dos usuários de microcomputadores de “trocar” programas entre si, sem efetuar pagamento algum aos seus legítimos autores.

Para todos os usuários de microcomputadores, Gates é um vilão, pois por causa dele, todos têm que pagar para usar algo que, até meados dos anos 70, era considerado um acessório, fornecido gratuitamente quando se adquiria um hardware.


Até a década de 70 havia apenas uma dezena de fabricantes de computadores e aquelas máquinas imensas e caríssimas tinham aplicações muito específicas. Quando o computador estava sendo fabricado, seu fornecedor já sabia para que ele seria usado e qual software ele executaria.

O cenário mudou radicalmente com a criação dos microcomputadores, pois são equipamentos de propósito geral. Seus fabricantes não fazem a mínima idéia de como serão usados e quais softwares seus usuários vão instalar. Nesta mesma época as linguagens de programação foram se tornando mais acessíveis e mais pessoas desenvolveram a capacidade de criar programas de computadores.

Surgia então uma grande comunidade de pessoas que criavam programas e os distribuíam entre os colegas apenas pelo prazer de ver seu software sendo usado pelos outros. Nos anos 80 surgiram os primeiros BBS (precursores da Web) que permitiram o intercâmbio de software a distância e os CD-ROM, que constituem em uma mídia barata e de grande capacidade.

O fato de o software ter se tornado um produto pode ser visto como ruim para todos os usuários, porém, se não houvesse compensação financeira, será que teríamos hoje toda essa variedade de software à nossa disposição? Bem, neste filme de faroeste quem vai decidir se Gates é mocinho ou bandido é você. Eu ainda estou indeciso sobre este assunto, mas uma certeza eu tenho: é ele que sempre fica com o caixa da bilheteria no final da sessão.

Para ler o manifesto de Gates aos hobbistas:
http://www.helionet.varginha.com.br/carta_bill_gates.htm

sábado, 17 de maio de 2008

Cookies: Biscoitinhos Indigestos


Na tradução literal do inglês para o português, cookies são biscoitos, mas enquanto você navega na Web, os cookies vão espionando seus hábitos e dizendo às empresas quem você é.

A idéia dos cookies é muito boa, pois permite que o proprietário de um site saiba que você é você mesmo e, com isso, consiga apresentar uma página feita exclusivamente para você. A idéia é a personalização da Web.

Veja este exemplo: quando eu visito a página da livraria Amazon.com pela primeira vez, aparecem ofertas dos últimos lançamentos nos mais diversos gêneros: drama, suspense, ficção, biografias, etc. Mesmo que eu não me interesse nem um pouco sobre qualquer destes assuntos.

Depois que eu faço um cadastro na Amazon e compro algum livro, a empresa grava no disco do meu computador um arquivo do tipo texto (inofensivo) me identificando. Da próxima vez que eu acessar seu site, ela lê este arquivo texto, pesquisa no banco de dados da empresa quem está associado àquele arquivo e, a partir das minhas últimas compras, estabelece o meu perfil.

De posse destas informações um software da Amazon monta uma página inicial que vai conter apenas promoções e lançamentos de livros que, de alguma forma, se relacionam com as compras que fiz anteriormente e com o perfil em que a empresa considera que eu me encaixo.

Isto é ótimo para a empresa que vai ter muito mais chances de ter sucesso com suas promoções e para o cliente que não será incomodado com ofertas que não lhe interessam. Mas por que então os cookies haveriam de ser indigestos.

Bem, às vezes eu não quero que saibam quais sites eu visitei, quantas vezes passei por lá, ou qual é o meu perfil. Entretanto 100% dos sites que usam cookies “não” avisam aos internautas que estão gravando arquivos em seus PCs. É aí que está o grande problema: ter cookies gravados em seu computador sem a sua autorização é tão indigesto quanto ir a um restaurante e ser obrigado a comer (e pagar) o couvert, mesmo que você não o tenha pedido.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

O Papel da Xerox

A grande maioria das pessoas associa a palavra “xerox” a fotocópias e nem sequer imagina o tamanho e a abrangência da empresa Xerox no mundo.
Para falar de alta tecnologia, logicamente eu poderia ter escolhido nomes como IBM, Hewlet Packard, Apple, Microsoft, Dell, Intel, etc. Mas o que todas estas empresas têm em comum? Fabricam e vendem equipamentos baseados em tecnologias desenvolvidas pela Xerox.

Em 1970 a Xerox criou na Califórnia um centro de pesquisas chamado PARC – Palo Alto Research Center. Neste local ela reuniu os cientistas mais visionários na área de tecnologia da informação, lhes deu liberdade criativa e um orçamento generoso para que trabalhassem em uma “Arquitetura da Informação”. Na época, pouca gente sabia o que era isso, inclusive a Xerox e seus cientistas.

Um dos primeiros produtos saídos do PARC foi a impressora a laser, em 1971. No ano seguinte foi criada a primeira linguagem de programação orientada a objetos, a SmallTalk. De lá também surgiram o padrão de comunicação em redes Ethernet (o mais usado no mundo todo ainda hoje), a arquitetura Cliente/Servidor (que é a base da Internet), a GUI - Interface Gráfica do Usuário (que é a base da interface de todos os sistemas operacionais atuais).

Do PARC surgiram grandes nomes na área de tecnologia, como Mark Weiser e Bob Metcalfe, dentre tantos outros cientistas premiados diversas vezes pela ACM – Association for Computer Machinery – devido ao valor de suas contribuições à indústria de Informática.

Recentemente o PARC tornou-se uma empresa de pesquisas independente. Porém não podemos deixar de reconhecer o papel fundamental que a Xerox desempenhou durante mais de três décadas, patrocinando o desenvolvimento da tecnologia da informação. Hoje, pode-se dizer que, se você está lendo este texto, é graças a uma ou mais tecnologias desenvolvidas pelos gênios do PARC. A Xerox cumpriu o seu papel.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Atletas da Informática


A Faceca – Faculdade Cenecista de Varginha – foi uma das sedes nacionais da décima Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Uma competição organizada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC).

Esta competição é realizada nos moldes das outras olimpíadas brasileiras, como Matemática, Física e Astronomia. O objetivo da OBI é despertar nos alunos o interesse em uma ciência importante na formação básica hoje em dia (no caso, Ciência da Computação), através de uma atividade que envolve desafio, engenhosidade e uma saudável dose de competição.

Os alunos concorrem individualmente, resolvendo problemas de programação em linguagem Pascal, C ou C++ (idade máxima de 20 anos, cursando escolas de nível médio ou primeiro ano de faculdade). A prova foi realizada, simultaneamente em todo o país, sábado, dia 29 de março.

Os trinta melhores colocados foram convidados para um Curso Avançado de Programação, preparatório para a Olimpíada Internacional de Informática (IOI). O curso será ministrado por professores do Instituto de Computação da UNICAMP, e acontecerá em junho. Ao final do curso, haverá uma seleção para escolher os quatro alunos integrantes da equipe brasileira na IOI. A IOI é um evento já tradicional que conta com a participação de mais de 70 países, e este ano será realizada no Egito, em agosto.

Na prova há questões mais fáceis, em que um conhecimento mínimo de programação é suficiente, e algumas questões mais difíceis, que exigem um conhecimento um pouco mais avançado de programação, com noções de estruturas de dados, em um nível normalmente ensinado em bons colégios técnicos, ou no primeiro ano de cursos superiores de computação ou engenharia.

A foto deste post mostra meu amigo (e ex-aluno) Douglas Vieira enquanto participava da Olimpíada Internacional de Informática, na Turquia em 1999, após ter ficado em 4º lugar na OBI Brasil daquele ano.

Se quiser participar da Olimpíada no ano que vem, entre em contato comigo, Prof. Hélio Lemes Costa Jr, pelo telefone (35)3690-8945, no período da tarde, ou comparecer pessoalmente à Faceca – R. Catanduvas, 173, em Varginha.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Amazon.com: A queridinha da Web

Quem inaugurou o comércio eletrônico, pra valer, foi Jeff Bezos com a Amazon.com, em 1994. Até então apenas cientistas, professores e pesquisadores usavam a Web. Nada era vendido através de computadores, a não ser algumas camisetas para nerds. A rede tinha o nobre objetivo de servir de base para o intercâmbio de informações científicas e educacionais. Isso mudou pra valer quando as empresas se inspiraram no exemplo da Amazon, que em três anos de existência saiu do nada para ser a maior vendedora de livros do mundo.

Obcecada pela satisfação do cliente, a empresa criou a fama de atender a todos os desejos de seus clientes. Ela pagou um preço muito alto por isso. Em seus 7 primeiros anos de operação, a empresa ainda não havia obtido lucro.

Apesar disso, ela é responsável por grande parte das inovações tecnológicas e de marketing que aconteceram no e-commerce. Muitas das idéias da equipe de Bezos foram copiadas, com sucesso, por concorrentes nos Estados Unidos e ao redor do mundo.

Finalmente a Amazon obteve lucro – ainda que pequeno – no final de 2001 e vem melhorando sua performance ano a ano. Muitos clones da empresa surgiram, inclusive no Brasil. A empresa Booknet – que mais tarde viria a se tornar Submarino – é um exemplo. Segue fielmente seus passos e também vem apresentando resultados muito positivos.

Hoje, tanto a Amazon quanto seus clones, partiram para a diversificação. Vendem de tudo e de todas as formas. O crescimento do comércio eletrônico começa a afetar o comércio tradicional, pois o acesso à Web está muito mais popular e as lojas tradicionais são questionadas por seus preços e formas de pagamentos, pois é muito fácil consultar e comparar preços e mesmo adquirir produtos em lojas virtuais ou através de sites de leilão, como o Mercado Livre.

Os maiores beneficiados são aqueles que moram longe dos grandes centros. A Web dá acesso a produtos e serviços que não são encontrados no interior do país. Na próxima vez que fizer compras, verifique os preços online para saber se os comerciantes locais estão cobrando um preço justo. Se o interesse for comprar livros em inglês, a Amazon vence todos os comerciantes locais, mesmo pagando o frete dos EUA para o Brasil.

quarta-feira, 19 de março de 2008

SPAM! Não agüento mais...


Talvez você não saiba o significado desta palavra mas, com toda certeza, se possui um endereço de e-mail, você já foi vítima de spam. Este é o nome dado aos e-mails contendo ofertas, correntes, campanhas, enfim, todo aquele lixo que se acumula na nossa caixa postal eletrônica e que toma muito do nosso tempo para podermos selecionar o que realmente deve ser lido.

Ninguém sabe ao certo o porquê deste nome. Alguns dizem que é por causa de uma marca de presunto enlatado americano (que não é lá grandes coisas). Outros dizem que é por causa de um episódio do humorístico Monty Python, onde os personagens repetiam incessantemente a palavra spam em uma cena sem muito sentido (como de costume).

Ultimamante os órgãos de defesa dos direitos do cidadão nos Estados Unidos declararam guerra contra o spam. Principalmente contra os que tentam ludibriar os desavisados, solicitando que enviem donativos para instituições inexistentes. Disseram que vão ocorrer muitas prisões e que os suspeitos já foram identificados. Pena que eles só podem agir lá na terra de Tio Sam.

Agora o que me deixa intrigado é o seguinte: quem envia o spam? Será que estas pessoas não são usuárias de e-mail? Será que elas também não se irritam com o enorme volume de lixo, que chega irremediavelmente às suas caixas postais? Você conhece alguém que goste de receber spam? Você conhece alguém que admita praticar este ato abominável? Mas se ninguém envia, como é que eu recebo tanto spam?

Eu acho que este caso se compara ao das canetas Bic e dos guarda-chuvas. Existe uma teoria de que há uma dimensão paralela à nossa, onde vão parar todos isqueiros, canetas e guarda-chuvas perdidos, pois eu já perdi um monte destes objetos, sei que muita gente também já perdeu e entretanto, nunca achei nenhum. E você? Já achou?

Talvez eles estejam na terra dos Spammers...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sexo na Web


Cumprindo a promessa do post anterior, vamos falar de sexo na Web. Na verdade vamos falar sobre dois assuntos: sexo e pornografia.

Quando se toca num destes assuntos, a primeira lembrança é a dos sites eróticos que ganham dinheiro “vendendo” ao internauta o direito de ver algumas fotos ou vídeos pornográficos. Em seguida, muitos se lembram das redes de pedófilos que usam a rede como ponto de encontro, mas não é só isso.

Em uma pesquisa realizada entre usuários de Internet, 5% dos pesquisados admitiram já ter feito “sexo virtual” em salas de bate-papo. Considerando que o número de internautas brasileiros está perto de 50 milhões e que muitos que fazem sexo virtual não admitem, o número de pessoas adeptas deste costume deve ser acima de 3 milhões. Uma quantia nada desprezível.

O que leva as pessoas a terem relações sexuais virtuais? A resposta é difícil, mas desconfio que são os mesmos motivos que levam as pessoas a ligar para o tele-sexo, comprar revistas pornôs, alugar vídeos eróticos, etc.

Os sites que vendem fotos e vídeos de sexo tiveram papel importante no início da Web. Muitos BBS, provedores e servidores foram patrocinados com receita gerada pelos sites deste gênero, pois eram os únicos que ganhavam dinheiro na Internet. Nesta época os bancos e as lojas ainda estavam off-line.

A Web tem também um papel informativo. Hoje o adolescente, além de se divertir na Web, também se informa sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis sem ter que “pagar o mico” de perguntar para o irmão mais velho. A Web permite o anonimato e assim os assuntos mais “complicados” ficam mais fáceis de serem tratados.

Se você está com a “pulga atrás da orelha” com algum assunto relacionado a sexo, vai aqui uma dica útil: visite o site SOSex (www.sosex.org.br) e faça sua pergunta diretamente a um especialista. O serviço gratuito, criado pelo instituto Kaplan em 1992, começou oferecendo orientação através do telefone e já atendeu milhares de pessoas. Este é apenas um exemplo de como a Web pode ser uma boa parceira sexual.

domingo, 9 de março de 2008

Novidades



Olá PessoAll,

O objetivo é falar sobre tecnologia, informática, o ciberespaço e seus habitantes mais estranhos.

Eu estou sempre de olho nas novidades (às vezes muito loucas) que pintam na grande “rede” e são essas novidades que pretendo compartilhar com vocês.

É sempre difícil encontrar um tema para iniciar um blog, mas acho que a primeira tarefa obrigatória é me apresentar. Pois bem... sou formado em Informática, professor de várias disciplinas relacionadas ao assunto há 18 anos, já fui analista/programador de pequenas e grandes empresas, fiz meu primeiro curso de Basic em 1984, ano em que comprei meu primeiro micro (um Expert Gradiente). Bem, acho que posso me considerar um veterano na área.

Sou usuário de Internet desde 1995, antes de surgir o primeiro provedor em Varginha (Fepesmig), naquela época era preciso pagar interurbano de Varginha para Itajubá pra poder acessar o BBS* Mantiqueira e, através dele, acessar arquivos baseados quase que totalmente em texto e em grande parte, em inglês. A Internet brasileira ainda engatinhava.

A segunda tarefa obrigatória é deixar os rodeios de lado e escolher um tema interessante para começarmos o nosso papo. Bem, o tema eu já escolhi: “Sexo na Web”, mas como eu gastei todo o espaço me apresentando, nós vamos adiar o papo para a semana que vem.

Até lá.

* Bulletin Board System - Um tipo de clube de usuários de computador que possuíam modem e que queriam ligar seus computadores a outros através da linha telefônica. Esses usuários normalmente pertenciam a uma mesma cidade, pois para acessar o BBS de outra cidade era preciso pagar interurbano.